A menopausa corresponde ao período da vida da mulher que se inicia após interrupção do período menstrual. O seu diagnóstico pode ser feito após 12 meses de ausência de período menstrual ocorrendo, em média, aos 51 anos.
Na maioria das situações, o diagnóstico da menopausa é feito clinicamente, não havendo necessidade de realizar análises ao sangue. No entanto, o estudo desta ausência de período menstrual poderá estar indicado em situações específicas.
Existem vários sintomas frequentemente relatados pelas doentes, nomeadamente: fogachos (os denominados “calores”), secura vaginal, diminuição da líbido e dor ou desconforto durante relação sexual, ou mesmo alterações de humor e depressão.
Os fogachos podem surgir espontaneamente, ocorrendo também com frequência após a ingestão de comidas picantes ou de bebidas alcoólicas. Estas queixas, que são as que mais afetam a qualidade de vida, têm por base a diminuição dos níveis de estrogénio, podendo estar indicada a prescrição de formulações de estrogénio sistémico (via transdérmica (pensos) ou oral). No entanto, para além da gravidade das queixas também deverá ser avaliado o risco de cancro da mama e risco cardiovascular, entre outros.
Assim, se para as queixas genitais ou urinárias, a terapêutica tópica pode ser uma solução, para as queixas de fogachos e calores temos que nos socorrer de terapêuticas sistémicas.
Para além destas queixas mais comuns, a saúde da mulher na pós-menopausa deve ser encarada de forma global tentando maximizar a qualidade de vida e longevidade com saúde. Neste sentido, será sempre importante avaliar a qualidade do osso, tendo especial importância a realização de densitometria óssea e avaliação da ingestão de cálcio e níveis de vitamina D; a saúde metabólica da mulher, com manutenção de um peso e composição corporal saudável; e tudo aquilo que possa impactar no bem estar feminino, mental e físico.
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Autor: Drª Maria Manuel Silva